Nem rodovia, nem progresso


Leia artigo da vice-líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputada Zilá Breitenbach. No texto, publicado inicialmente nesta sexta-feira (14), no Jornal do Comércio, a parlamentar fala sobre os problemas de infraestrutura vividos pelo Estado, com foco na gestão das rodovias.

A BR-116 é a estrada com mais movimento e congestionamento do Rio Grande do Sul. Esgotada há muito tempo, atrasa a locomoção de quem trabalha e dificulta o transporte de nossa produção. Depois de anos de espera, foi inaugurada a Rodovia do Parque (BR-448) — servindo de alternativa à via e reduzindo parte do engarrafamento na Região Metropolitana de Porto Alegre. Mas a iniciativa está longe de ser a solução da lavoura, como tentaram vender os governos federal e estadual. Muito mais precisa ser feito! O gargalo da BR-116 já poderia ter sido minimizado há tempos com a ERS-010.

Conhecida como Rodovia do Progresso, a proposta foi gestada durante o governo Yeda Crusius (PSDB). Aliada à Rodovia do Parque, a ERS-010 desafogaria a BR-116, tornando-se uma nova opção para ligar Porto Alegre a Sapiranga, no Vale do Sinos. A previsão era de que, até 2014, dois terços da obra estariam concluídos. No entanto, a Rodovia do Progresso segue materializada apenas em papel e lápis. Quando integravam a oposição, membros do atual governo fizeram pressões sobre o formato do projeto, que seria realizado em Parceria Público-Privada (PPP). O edital teve de ser revogado, e a gestão que assumiu em 2011 vem empurrando a questão com a barriga. Nesse ritmo, as obras não devem começar antes de 2015.

É lamentável que ainda estejamos discutindo alternativas à BR-116, algo que deveria ter sido resolvido há décadas. Cores e bandeiras partidárias seguem atrasando o andamento de projetos tão cruciais. Enquanto isso, outros estados estão avançando, abrindo PPPs em diversas áreas.

Até o governo federal se rendeu à realidade, fazendo concessões em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. A atual administração está em seu último ano e segue carregando consigo esse impasse. Quanto tempo mais de congestionamentos e prejuízos será necessário até que tenhamos uma resolução? Essa é a pergunta que os gaúchos fazem — e para a qual esperam uma resposta. Pois, do jeito que está, não há sinais nem de rodovia, nem de progresso.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista - MTE 15280)

Comentários

  1. O TucanUFRGS saúda a deputada Zilá por seu trabalho. Grande abraço!

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