Pedro Pereira cobra explicações do governo Dilma sobre irregularidades no Pronaf

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 Crédito da foto: Marcelo Bertani | Agência AL/RS
O deputado estadual Pedro Pereira (PSDB) considerou as irregularidades apontadas pela Polícia Federal (PF) no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) como um ato de covardia contra os pequenos agricultores gaúchos. O parlamentar usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (11), para cobrar explicações do governo Dilma sobre os desvios no programa de financiamento rural que atende, em especial, as famílias mais humildes que vivem no campo.

Segundo o deputado, é preocupante os casos de suicídio relacionados ao esquema no Pronaf, conforme aponta a PF. “Isso mostra que os agricultores estão sendo penalizados pela corrupção instalada no programa que deveria dar apoio às famílias e não ser motivo de sofrimento”, lamentou.

A partir de fatos divulgados pela imprensa, Pereira classificou como graves as evidências apontadas pela PF quanto ao repasse irregular de recursos do Pronaf a Associação Santa Cruzense dos Agricultores Camponeses (Aspac). O deputado manifestou preocupação relativa a abrangência do esquema no Estado, sugerindo que os desvios podem estar ocorrendo em outras regiões. “Diante dos fatos, confesso que estou preocupado com os agricultores da minha localidade, Canguçu e região. Será que esse esquema se limita a região de Santa Cruz?”, questionou.

Pereira também cobrou esclarecimento quanto a participação do Ministério do Desenvolvimento Agrário nas irregularidades. “Pelo que saiu na imprensa, agentes políticos interferiam junto ao Ministério a fim de obter a promulgação de decretos para perdão das dívidas de produtores. Queremos esclarecer qual é a relação entre o processo de perdão das dívidas e os supostos desvios no programa”, explicou.

Para o parlamentar, é necessário averiguar a profundidade do esquema, visando o ressarcimento dos prejuízos materiais e morais das famílias dos agricultores lesados. “Vamos cobrar rigor nas investigações”, concluiu.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista - MTE 15280)

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