Crise econômica deve retirar R$ 42 bilhões do bolso da classe trabalhadora até 2016, aponta tucanos

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A soma das perdas salariais dos trabalhadores brasileiros deve atingir neste ano seu maior nível desde 2011. Considerando a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, que aponta os rendimentos nas seis principais regiões metropolitanas do país, é possível estimar que a redução na massa salarial chegará a R$ 42 bilhões. Ou seja, R$ 26 bilhões, em 2015, e R$ 16 bilhões, no próximo ano. Para os deputados da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, a retração dos ganhos obtidos pelas famílias representa um exemplo concreto da crise econômica e social provocada pelo governo Dilma.

Para a líder do PSDB no Parlamento, deputada Zilá Breitenbach, as perdas salariais dos trabalhadores impacta diretamente no consumo. “Isso já pode ser percebido em alguns setores da nossa economia. As pessoas estão deixando de comprar determinados alimentos e abrindo mão de adquirir certos itens do vestuário. Outro impacto está na inadimplência por conta do desemprego, que não para de avançar em todas as regiões do país”, observou.

O líder da bancada tucana, deputado Jorge Pozzobom, ressaltou que mesmo quando o emprego é mantido, o trabalhador tem seu salário corroído pela inflação. “O rendimento salarial das famílias, em especial de baixa renda, não é suficiente para acompanhar o aumento dos preços. O governo Dilma perdeu o controle sobre a inflação e o trabalhador está pagando a conta”, avaliou.

Reflexo no consumo

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, as vendas de veículos, motos e peças estão em forte queda desde março de 2014. Já o comércio de móveis está diminuindo mensalmente desde julho do ano passado. No setor de roupas e calçados, as perdas iniciaram em dezembro de 2014 e, nos supermercados e hipermercados, em janeiro deste ano. As farmácias também registraram, em setembro, a primeira queda nas vendas de toda a série histórica, iniciada em 2004.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista MTE – 15280)