Pedidos de impeachment contra petistas tiveram origem em iniciativas populares, afirma Zilá
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Crédito da foto: Marcelo Bertani | Agência AL/RS |
Zilá explicou que dos 17 pedidos de impeachment encaminhados à Câmara no período de Fernando Henrique, dez foram feitos por parlamentares da oposição liderada pelo PT. A deputada ressaltou que nos governos petistas de Lula e Dilma a sociedade se mobilizou diretamente pelo afastamento dos presidentes, com base no que a Constituição Federal orienta.
“Contra Lula foram feitos 34 pedidos de impeachment, sendo 33 de iniciativa popular. Desde o primeiro mandato de Dilma ocorreram 48 pedidos, mas somente um foi feito por parlamentar. Isso deixa claro que o desejo pelo afastamento de ambos nasceu na sociedade, sem motivação partidária como na época de Fernando Henrique”, observou.
A líder tucana enfatizou que impeachment não é golpe, contrapondo a tese do PT. “O afastamento de um presidente da República está previsto na Constituição. Acreditamos que a peça que motivou o pedido, produzida pelos juristas Miguel Reale e Hélio Bicudo, é extremamente consistente. Entretanto, os prazos regimentais nesses casos deverão ser observados, assim como o amplo direito de defesa da presidente”, defendeu.
Mudança da meta fiscal do governo
A deputada também falou sobre a mudança da meta fiscal para o orçamento da União de 2015, com autorização para que o governo Dilma registre um déficit de até R$ 119,9 bilhões no ano. “Orçamento deficitário descumpre frontalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo foi perdulário ao gastar mais do que podia e agora apela para ‘um jeitinho’, desrespeitando a legislação com autorização do Congresso Nacional, onde tem maioria”, avaliou.
Lei de Responsabilidade Fiscal
A Lei de Responsabilidade Fiscal é clara ao definir que um governo não pode gastar mais do que arrecada. A legislação estabelece dois instrumentos paralelos de promoção da responsabilidade: os limites e as metas.
Os limites são parâmetros estruturais, que não devem ser desrespeitados em nenhuma hipótese. Sua violação indica comprometimento direto da responsabilidade fiscal.
As metas, em contraposição, apontam níveis ótimos a serem perseguidos de acordo com a conjuntura. Seu não cumprimento sinaliza um risco de comprometimento da responsabilidade fiscal, a ser considerado na execução do orçamento vigente e na elaboração da lei orçamentária para o ano subsequente.
Por serem conjunturais, as metas são revistas anualmente e constam da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enquanto os limites são fixados diretamente pela Lei de Responsabilidade Fiscal ou por leis ordinárias e resoluções do Senado Federal, que vigoram por prazo indeterminado.
Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)
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