Líder da bancada tucana considera grave a tentativa de obstrução da justiça feita por Mercadante
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Agência AL/RS |
O líder da bancada tucana, deputado Jorge Pozzobom, ressaltou que o senador disse na delação crer que Mercadante agiu a mando da presidente Dilma Rousseff. “Delcídio afirmou que a tentativa de silenciá-lo certamente partiu da própria presidente da República. Nesse caso, quem tentou obstruir a investigação da Lava Jato foi Dilma. O ministro Mercadante foi apenas um instrumento do Palácio do Planalto”, observou.
Pozzobom lembrou, ainda, que obstrução da Justiça é crime passível de prisão e Mercadante deve ser responsabilizado assim como aconteceu com ex-líder do governo no Senado. “Delcidio foi preso em pleno exercício do mandato porque tentou evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Se a presidente Dilma tivesse o mínimo de dignidade, exoneraria imediatamente Mercadante por ter cometido o mesmo crime de Delcídio”, avaliou.
Envolvimento de Mercadante
Em sua delação, homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Delcídio conta que Mercadante, um dos ministros mais próximos da presidente, prometeu dinheiro e ajuda para que o petista deixasse a prisão e escapasse do processo de cassação de mandato no Senado. Em contrapartida, ele pediu que Delcídio não assinasse o acordo de delação, deixasse “baixar a poeira” e não fizesse “nenhum movimento precipitado”. O ministro Mercadante tratou do assunto com o assessor de Delcídio, José Eduardo Marzagão. Os dois se reuniram duas vezes no gabinete do ministro. As conversas foram gravadas por Marzagão e entregues à PGR.
Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)
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