Zilá critica postura dos líderes das ocupações nas escolas e defende alunos que querem voltar às aulas

Crédito da foto: Marcelo Bertani | Agência AL/RS

A líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputada Zilá Breitenbach, criticou a postura dos coordenadores do movimento de ocupação/invasão das escolas públicas, nesta terça-feira (14), durante sessão plenária. A parlamentar disse que os estudantes secundaristas estão seguindo ordens de lideranças que não integram o sistema estadual de ensino e, portanto, não estão preocupados com os prejuízos causados ao ano letivo.

Zilá revelou que o líder dos estudantes secundaristas e presidente da UGES, Marcos Prestes, faz curso técnico e ingressou na universidade federal. “Esse jovem não está preocupado com os prejuízos que os demais alunos das escolas públicas invadidas terão que arcar por estarem perdendo aulas. Assim como ele, outros líderes estão apenas usando os estudantes para alimentarem seus interesses políticos”, avaliou. A parlamentar defendeu a democracia e o respeito tanto aos que buscam protestar, quanto aos que querem voltar a estudar e trabalhar nas escolas.

A deputada indagou os Conselhos Tutelares sobre o acompanhamento do caso, tendo em vista que muitos menores de idade estão nas escolas em situação precária, passando frio e fome. “Creio que as famílias devam ser alertadas pelos conselheiros tutelares. Não podemos nos omitir nesse caso. Estamos falando de adolescentes que podem estar sendo induzidos a passar por situações degradantes”, observou.

Outra questionamento feito pela parlamentar tucana diz respeito a tramitação do Projeto de Lei 44/2016, de autoria do Executivo estadual, que define quais organizações sociais podem participar da gestão pública, como escolas. “O sindicato dos professores também está usando os alunos para defender seus interesses. Querem que a matéria seja retirada pelo governo por acreditarem que perderão influência na gestão das escolas”, concluiu. Após negociação entre Parlamento, governo e manifestantes, estudantes vão desocupar escolas até o fim da semana.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)