Delegada Nadine destaca o trabalho do Chefe da Polícia Civil no enfrentamento ao racismo estrutural

Nesta quarta-feira (22), durante a sessão solene alusiva ao Dia da Consciência Negra, ocorreu a entrega do Troféu Deputado Carlos Santos, instituído pela Resolução 3.045/2009, a mesma que criou a Semana da Consciência Negra da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Carlos Santos presidia o Parlamento gaúcho quando foi inaugurado o Palácio Farroupilha, em 1967. Foi um dos parlamentares mais atuantes em defesa da comunidade negra do Estado.

A Bancada do PSDB, por indicação da deputada estadual Delegada Nadine, indicou o delegado e atual Chefe da Polícia Civil, Fernando Antônio Sodré de Oliveira, para receber o troféu. "Meu colega e amigo Sodré, há anos, tem atuado permanentemente na pauta antirracista em palestras e eventos, sempre buscando a conscientização da sociedade e da comunidade acadêmica sobre a necessidade do enfrentamento ao racismo estrutural e sobre a importância das pautas de igualdade racial para a sociedade e a democracia", destacou a parlamentar tucana. 

Natural de São Paulo, é o primeiro negro a assumir a chefia da Polícia Civil em 181 anos. Também é professor universitário e, hoje, doutorando em Direito Humanos na Unijuí. Atua na pauta antirracista em palestras e eventos, buscando a conscientização sobre a necessidade do enfrentamento do racismo estrutural e sobre a importância das pautas de igualdade racial. 

Sodré trabalha, ainda, pelo fortalecimento da polícia civil no combate aos delitos discriminatórios. Por meio de seminários e conscientização interna, incentiva o letramento racial da polícia civil como forma de luta antirracista.

CONFIRA OUTROS AGRACIADOS COM O TROFÉU:

Maria Noelci Teixeira Homero/Nohomero: bibliotecária e funcionária pública aposentada. Tem o ativismo marcado pelo movimento de mulheres negras. Em 1988, ingressa em Maria Mulher – Organização de Mulheres Negras e, desde 2012, atua na Rede de Mulheres Negras para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, fazendo a discussão e formação em gênero e raça e oportunizando espaço para mulheres negras discutirem ações voltadas para a garantia da soberania e segurança alimentar da população negra, resgatando e preservando os padrões alimentares e culturais da tradição afro-brasileira.

Carla Letícia Pereira Nunes: advogada formada pela PUC/RS, é natural de Porto Alegre. Tem pós-graduação em Desenvolvimento Territorial (UFSC) e em Direito do Estado (UFRGS) e é mestre em Direito pela Universidade de Caxias do Sul. Além de dedicar-se à advocacia privada, atuou como assessora de juiz e, por 9 anos, como procuradora de carreira no Município de Montenegro. Em sua carreira, atuou sempre com o olhar voltado para a proteção e promoção dos Direitos Humanos, tendo atuado na regularização do primeiro Quilombo Urbano do Brasil “Quilombo da Família Silva”, localizado na Capital.

Jairton Camisolão Silva da Silva: natural de Viamão, seu primeiro contato com as bandeiras de luta, foi através do carnaval, por meio da escola de samba Unidos de Vila Isabel. Já fez parte do conselho deliberativo e assessor de imprensa de agremiações carnavalescas e foi militante do Movimento Negro. Cursou Jornalismo na Unisinos. De 2017 a 2023, foi assessor de Políticas Públicas para o Negro da Prefeitura de Gravataí, onde ajudou na criação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra, do Conselho Municipal dos Povos de Terreiro, do Conselho de Promoção da Igualdade Racial e da lei “Pai Sadi”, que regulamenta os Terreiros de Matriz Africana.

Sandrali de Campos Bueno: de nome mítico social Ìyá Sandrali de Oxum, ou Iá Sandrali, é uma ialorixá, educadora, dirigente de uma comunidade de tradição de matriz africana e psicóloga. É ativista antirracista, feminista e de autoridade civilizatória da tradição de matriz africana e afrodiaspórica do Batuque do RS, nação religiosa Cabinda. Filha de santo de Pai Enio de Oxum Pandá Miuwá, neta de Romário de Oxalá Jobokun Onifan, bisneta de Maria Madalena de Oxum Pandá Demun e tataraneta de Waldemar de Xangô Kamuká Barualofina. Dirigente da comunidade de terreiro Sociedade Afro-brasileira “Ìlé Àiyé Orisha Yemanjá” na cidade de Pelotas. Também é especialista em criminologia pela PUC/RS, servidora pública e psicóloga da Fundação de Atendimento Socioeducativo do RS, coordenadora do Movimento Negro Unificado e secretária-executiva do Conselho do Povo de Terreiro do Estado.

*Com informações do Departamento de Cultura da AL/RS.

Fotos: Mariana Czamanski | Agência AL/RS

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