GABINETE CUSTO ZERO: Kaká D’Ávila economiza R$ 429,3 mil de verba de gabinete em dois anos na Assembleia Legislativa

O deputado estadual Kaká D’Ávila (PSDB) manteve a postura de economia adotada como parlamentar e, em dois anos de mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, não utilizou R$ 429.378,03 de sua cota de gabinete. Entre fevereiro e dezembro de 2023, o parlamentar deixou de usar R$ 205.354,71, e, em 2024, a economia somou R$ 224.023,32. Cada deputado tem direito a R$ 18.668,61 por mês para despesas administrativas, como locação de veículos, aquisição de material de escritório e contratação de serviços. 

Apesar de outros parlamentares também não utilizarem a verba integralmente, Kaká optou por não gastar nenhum valor ao longo de seu mandato. “Os políticos que exercem mandatos eletivos têm à disposição uma série de benefícios que acabam por distanciá-los da realidade da maioria dos trabalhadores, que dependem exclusivamente de sua remuneração. Por isso, sigo o mesmo princípio que adotei desde o início da minha vida pública: não utilizar verba de gabinete”, destacou o deputado.

HISTÓRICO DE ECONOMIA

Quando vereador de Porto Alegre, entre 2021 e janeiro de 2023, Kaká também renunciou integralmente à verba de gabinete, economizando R$ 454.365,62 aos cofres públicos municipais. Com base em sua trajetória de austeridade, o parlamentar apresentou, em 2023, um projeto de lei que propõe destinar a verba de gabinete não utilizada para a criação de um programa de renda extra. A ideia é que os recursos economizados pelos gabinetes sejam utilizados na contratação temporária de trabalhadores para serviços urbanos em parceria com municípios.

A proposta, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), prevê que a Assembleia, o governo estadual e os municípios trabalhem juntos para transformar a economia gerada pelos deputados em benefício direto à população. “O projeto de lei reforça o compromisso do Parlamentar com uma gestão mais enxuta e voltada ao interesse público, destacando uma visão de que o poder Legislativo deve buscar eficiência e responsabilidade na aplicação de recursos”, concluiu Kaká.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

Foto: Marcelo Oliveira | Agência AL/RS