Confira detalhes do processo do “Mensalão” no STF

José Dirceu, Delúbio Soares e Marcos Valério


Dando sequencia a série de posts que a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa preparou para relembrar os principais fatos que marcaram o escândalo do “Mensalão” do governo Lula, nesta terça-feira (29) vamos abordar o processo que está aguardando julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Confira:

O “Mensalão” começou a tramitar como inquérito no STF em 2005. Dois anos depois, o Supremo aceitou as denúncias do Ministério Público (MP) e o processo se transformou em uma ação penal. Seu conteúdo está relatado em mais de 50 mil páginas, 130 volumes e 600 páginas só de depoimentos.

São 40 réus acusados de formação de quadrilha, corrupção, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira. Segundo a denúncia do MP, a quadrilha estava estruturada em três grupos: o núcleo político-partidário (José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno), o publicitário (de Marcos Valério) e o financeiro (bancos BMG, Rural e Banco do Brasil).

Para o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, o núcleo político teria interesse na compra do apoio para que o PT se perpetuasse no poder. Já a ala publicitária se beneficiaria de um percentual do suposto esquema de repasses. O grupo financeiro, por sua vez, teria se unido ao publicitário para estruturar um seguro sistema de distribuição dos valores sem identificação dos destinatários reais.

Extraímos trecho do relatório do “Mensalão” que aponta elementos fundamentais para entender a gravidade do caso: “Todos os graves delitos têm início com a vitória eleitoral de 2002 do Partido dos Trabalhadores no plano nacional e tiveram por objetivo principal garantir a continuidade do projeto de poder do partido, mediante a compra de suporte político de outros partidos e do financiamento futuro e pretérito (pagamento de dívidas) das suas próprias campanhas eleitorais.”

Continua...

Bancada do PSDB