Dinheiro do "Mensalão" no Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira (31), nossa série sobre o “Mensalão” do governo Lula vai abordar a conexão gaúcha do esquema petista. Reunimos informações divulgadas na revista Veja, edição 1956, de 17 de maio de 2006. Três dirigentes do PT-RS são apontados como operadores do “Mensalão” no Estado. De acordo com os dados apurados, os recursos do “Valerioduto” serviram para pagar dívidas geradas durante a campanha eleitoral de 2002, quando o governador Tarso Genro concorreu pela primeira vez ao Palácio Piratini. Confira:

Os três integrantes do PT-RS apontados no esquema do “Mensalão” são réus confessos segundo a reportagem da Veja. Eles admitiram que pegaram R$ 1 milhão de reais para pagar despesas de campanha. O petista Marcos Fernando Trindade atuava como “mula” do esquema, carregando dinheiro em malas entre Belo Horizonte e Porto Alegre. Quando desembarcava na capital gaúcha, o dinheiro era distribuído pelo então presidente do partido, David Stival, e pelo tesoureiro da época, Marcelino Pedrinho Pies.

O dinheiro que o “Valerioduto” canalizou ao PT-RS serviu para pagar despesas com fornecedores da campanha de Tarso ao governo do Estado. Do total de R$ 1 milhão embolsado pelo partido, a maior parte chegou em malas. Entretanto, cerca de R$ 150 mil desembarcaram por meio de dois cheques de R$ 75 mil, ambos nominais a duas gráficas.

Por coincidência, o Ministério da Educação, durante a gestão de Tarso (2004/2005), também contratou as mesmas gráficas por R$ 186 mil. Curiosamente, o contrato para produzir folders e material didáticos foi feito sem licitação pública.

Diante desses fatos, é possível concluir que o esquema do “Mensalão” não serviu apenas para comparar apoio de parlamentares da base aliada do ex-presidente Lula durante seu primeiro mandato. O “Valerioduto” também quitou dívidas de campanhas dos partidos aliados ao PT e dos próprios petistas.

Bancada do PSDB

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