Julgamento do "Mensalão": manobra adia acusação

Crédito da foto: Carlos Humberto | SCO/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou ontem o julgamento dos 38 acusados do maior escândalo de corrupção da história recente do país, conhecido como mensalão, que abalou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro dia de julgamento foi atropelado pelo debate em torno de pedido da defesa para que réus sem foro privilegiado fossem julgados pela Justiça comum.

O debate do tema por mais de 4 horas - das 5 previstas para a sessão - não permitiu a manifestação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que teria 5 horas para fazer a acusação. A dificuldade de evitar novos questionamentos por parte dos advogados demonstra o desafio que o Supremo terá para finalizar o julgamento até setembro, quando se aposenta o ministro Cezar Peluso.

O relatório geral foi lido pelo ministro Joaquim Barbosa, encarregado do caso. Os 38 acusados - todos em liberdade - deverão responder por formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e fraude, delitos pelos quais poderão ser condenados a penas de até 45 anos de prisão. As primeiras sentenças deverão ser anunciadas em meados de setembro. O relatório, com 122 páginas, é um resumo da tramitação do caso nos últimos sete anos no Supremo. No material, Barbosa faz uma descrição minuciosa do envolvimento dos réus no esquema do mensalão.

Correio do Povo

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