Gestão com foco no governo


PSDB Finanças

Quando analisamos o desempenho da economia gaúcha, percebemos que existem dois fatores preponderantes em nosso desempenho: a taxa de câmbio e as estiagens. Basicamente, são essas duas variáveis que fazem o PIB gaúcho oscilar.

Exemplo disso foi o que aconteceu em 2005 quando nosso PIB ficou negativo em 4,8%. De acordo com estudo realizado pela FEE, 63% deste resultado ocorreu em função do impacto negativo da estiagem sobre a produção agrícola e 12% em função do câmbio, o resto em função de outros fatores.

Em relação à taxa de câmbio não há muito que se fazer, visto que é uma variável macroeconômica e seu comportamento é exógeno, ou seja, dado por fatores de mercados e não dependem meramente por vontade política. Além disso, a Lei Kandir que isenta do tributo ICMS os produtos e serviços destinados à exportação, penaliza o Estado uma vez que o governo Federal não compensa as perdas totais.

Por outro lado, as secas, são fenômenos históricos que conhecemos e temos registros há mais de um século. Além disso, as estatísticas de precipitações pluviométricas mostram que a cada cinco anos devemos ter duas secas, uma de média intensidade e outra de forte intensidade.

Assim, visando dar conta de um problema estrutural na economia gaúcha a Governadora Yeda implantou a Secretaria de Irrigação, que tinha por objetivo minimizar os efeitos das estiagens sobre a produtividade do agronegócio gaúcho. Entre os projetos desenvolvidos estavam:

1. construção de cerca de 2.900 microaçudes, beneficiando 237 municípios no valor de R$40,1 milhões;
2. a construção de duas grandes barragens (Jaguari e Taquarembó), cujo valor empenhado no período foi superior a R$100 milhões;
3. investimentos na elaboração de projetos para o Usos Múltiplos da Água num valor de R$9 milhões.

Infelizmente o atual governo não se preocupou com a questão, destituiu a Secretaria de Irrigação, desmembrando suas atividades entre a Secretaria de Obras e de Agricultura. Este tipo de decisão tira a transparência das politicas de combate as estiagens ao mesmo tempo em que os recursos deixam de ser exclusivos.

Ao analisarmos os recursos disponibilizados pelo governo do Estado em atividades de irrigação percebemos que em 2010 foram destinados R$84.696.472 enquanto em 2011 houve uma queda de 32% e em 2012, até setembro, foi empenhado apena R$19.927.477.

O que se percebe do atual governo é que seu modelo de gestão está, mais focado em atender as reivindicações de ordem conjuntural remediativas, como aumento de salários dos CCs/FGs e a criação do cheque seca, do que questões estruturais-de-Estado...

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