Inflação de janeiro é a maior desde 2005

Jornal do Comércio

A inflação oficial subiu 0,86% em janeiro, informou na quinta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior alta de preços registrada desde abril de 2005 e repercutiu imediatamente no mercado, ampliando as apostas em uma elevação da taxa básica de juros (Selic) ainda neste ano. Os contratos de juros fecharam em alta no mercado futuro.

Os preços dos alimentos dispararam, pressionados por problemas climáticos, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve influência ainda dos gastos maiores com cigarros, aluguel e automóveis novos. Os bens duráveis também começaram a sentir os efeitos da volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A taxa da inflação acumulada em 12 meses alcançou 6,15%, afastando-se ainda mais do centro da meta de inflação perseguida pelo governo, de 4,5%. Em janeiro, os alimentos ficaram 1,99% mais caros, o que correspondeu a 56% da inflação do mês.

Os automóveis novos e os eletrodomésticos ficaram mais caros em janeiro por conta do retorno escalonado do IPI. O preço do carro novo subiu 1,41%, o terceiro maior impacto sobre a inflação do mês, atrás apenas das influências do cigarro (em primeiro lugar, com impacto de 0,09 ponto percentual), tomate e aluguel (dividindo a segunda posição, com 0,06 ponto percentual cada). Já os eletrodomésticos, também beneficiados pela redução de IPI, subiram 1,59%.

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