RS possui as piores rodovias do país

Zero Hora.com
O Rio Grande do Sul tem a pior malha rodoviária do país. De acordo com dados consolidados de 2012 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), apenas 7,2% das rodovias gaúchas — estaduais, federais e vicinais — são pavimentadas. Isso é bem menos do que a média nacional, de quase 13 quilômetros asfaltados em cada cem.

Além do baixo investimento público, a recuperação das rodovias sofre com a burocracia para realização de obras. O aumento da frota e o excesso de peso transportado por caminhões também reflete na deterioração da malha asfáltica.

A péssima qualidade das rodovias reflete na segurança dos usuários. O número de óbitos nas estradas cresceu 2,3% em 2012, em comparação com 2011, chegando a 2.083 vítimas fatais, contra 2.037 no ano anterior. Outro reflexo da precariedade das rodovias está no congestionamento constante em vias com boas pavimentação e sinalização, como o trecho da BR-116 entre Canoas e o Vale do Sinos.

Parceria como saída para o problema

Um dos caminhos para reverter o quadro negativo está nas Parcerias Público-Privadas (PPP). Apesar da polêmica em torno dos pedágios, tarifas e poucos investimentos, a participação privada é alternativa em São Paulo, dono da melhor malha do país. O governo gaúcho optou por não renovar as concessões e criar a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para administrar os trechos, mas há dúvidas sobre as condições da empresa pública para investir.

Existem dois tipos de parcerias que podem ser adotadas pelo governo. O primeiro refere-se ao modelo patrocinado, onde ocorre a cobrança de tarifa paga por meio de praças de pedágios da empresa ou consórcio que administra as rodovias. No segundo tipo, o poder público contrata o agente privado para a construção e gestão do serviço, assim como já ocorre com os presídios.

Maior fiscalização

Os governos estadual e federal deveriam incrementar o controle do excesso de peso nas rodovias, reativando e construindo balanças para os caminhões que transportam carga.

Ausência de planejamento

Um problema apontado de forma unânime é a falta de visão de longo prazo. Especialistas defendem a necessidade de transformar o planejamento em obras de infraestrutura e manutenção em lei no Estado, indicando as obras prioritárias. O objetivo é impedir que novos gestores abandonem projetos iniciados pelo antecessor, evitando o desperdício do já escasso dinheiro público.

Bancada do PSDB

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