Leilão de Libra não atinge objetivos desejados

O leilão do campo de Libra, realizado na tarde de ontem (22), no Rio de Janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), gerou muitas controvérsias. A começar que o evento em si não foi propriamente um leilão, já que não houve concorrência. Apenas uma proposta foi feita, contrariando as previsões do governo federal. Isso fez com que o consórcio vencedor, formado pela Petrobras, as chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e a anglo-holandesa Shell, oferecesse apenas o lance mínimo de 41,65% do lucro em óleo para a União.

Agora o desafio da Petrobras será conseguir recursos necessários para a exploração da área. A estatal brasileira terá participação de 40% no empreendimento. Contudo, segundo o Bank of America, um dos maiores bancos americanos, a Petrobras é a maior empresa devedora do mundo entre as companhias abertas não financeiras, com uma dívida de U$ 112,7 bilhões.

O sistema de concessão brasileiro através do modelo partilha, que reserva um percentual de operação para o setor público, também foi questionado e deverá ser revisto pelo governo após o período eleitoral de 2014. A iniciativa privada não considerou vantajoso o negócio, tendo em vista que deveria investir bem mais do que o empreendimento deverá render. Na última rodada de concessões, pelo modelo antigo, apareceram 60 empresas no leilão. O governo federal esperava 40 empresas na disputa de ontem, mas no final acabou tendo somente um consórcio.

Privatização do Pré-Sal
Em 2010, a presidente Dilma Rousseff disse na campanha eleitoral que era um crime privatizar o Pré-Sal, lembra? Confira o vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões.

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