PSDB critica aprovação de novo empréstimo

Deputada Zilá Breitenbach, durante sessão plenária. 
Crédito da foto: Thanise Melo | Agência AL/RS
Os deputados da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa elevaram o tom das críticas com relação ao quadro de irresponsabilidade fiscal estabelecido no Estado pelo governo Tarso. Os parlamentares se revesaram na tribuna da sessão plenária desta terça-feira (5), durante a votação do projeto de lei que autorizava o Executivo Estadual a contratar operações de crédito externo de 480 milhões de dólares. A proposta foi aprovada, mas os tucanos votaram contra.

A líder da bancada, deputada Zilá Breitenbach, lembrou que o Estado já ultrapassou o limite de endividamento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. “Nossa bancada vem denunciando a postura irresponsável do governo Tarso. O Rio Grande do Sul encontra-se acima do limite de endividamento estabelecido por lei. A dívida já superou 200% da receita do Estado. Queremos que administração tenha equilíbrio orçamentário e não gaste mais do que arrecada”, apontou.

O deputado Pedro Pereira questionou a necessidade de mais um empréstimo e cobrou explicações quanto a destinação de recursos obtidos por meio de financiamentos anteriores. “Fiz uma conta rápida e vejo que a Assembleia já aprovou em torno de R$ 5,5 bilhões em empréstimos. Além disso, vieram R$ 4 bilhões que o Estado recebeu da dívida da União com a CEEE e mais R$ 4,5 bilhões dos depósitos judiciais, o que totaliza R$ 14 bilhões. Fico estarrecido de ver mais um empréstimo, sendo que no interior não vemos melhorias nas rodovias, na saúde, na educação e na segurança”, afirmou.

O deputado Jorge Pozzobom ressaltou os gastos elevados com a manutenção da máquina estatal. Para o parlamentar, o governo solicita a liberação de novos financiamentos para bancar os gatos com o inchaço da estrutura administrativa. “Nós não podemos deixar de lembrar que R$ 146 milhões são gastos por ano somente com os cargos de confiança. Tem cargo de confiança no valor de R$ 25 mil. Isso não pode acontecer”, concluiu. Pozzobom também criticou os saques no Caixa Único do Estado. Segundo o parlamentar, já foram sacados desde janeiro de 2011, quando começo o governo Tarso, aproximadamente de R$ 2,8 bilhões devido ao desequilíbrio financeiro da gestão.

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