Tarso faz muito mal para as estradas gaúchas


Leia artigo do deputado estadual Jorge Pozzobom. No texto, o parlamentar fala sobre a situação precária das rodovias estaduais.

Começo este artigo com duas tristes histórias ocorridas nas estradas gaúchas. No dia 28 de julho, na BR 386, próximo a Carazinho, um acidente resultou na morte de um condutor, enquanto o caroneiro ficou preso às ferragens. A equipe de bombeiros levou duas horas para chegar ao local porque a viatura quebrou durante o percurso. O atendimento preliminar foi feito por uma equipe do Samu, que não conseguiu retirá-lo das ferragens. A remoção só foi possível porque bombeiros e equipamentos chegaram ao local de carona. Já na RSC 287, um médico presenciou um acidente a 500 metros da praça de pedágio de Venâncio Aires. Ele parou e prestou socorro. Não havia mais ambulância no posto de pedágio, porque o Governo do Estado reduziu a cobrança de R$ 7,20 para R$ 5,20.

Estou decepcionado com o descaso por parte do Governo Tarso, e preocupado com a vida das pessoas. Desde o dia 27 de junho a RSC 287 está sem serviço de ambulância e guincho por causa da promessa de campanha do Governador de “acabar com os pedágios”. Então, o Estado assumiu as praças e criou a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). E daí? Demagogicamente o valor do pedágio diminuiu, mas não se presta mais um serviço essencial. Ainda pior foi ouvir do presidente da EGR que pretendia conveniar com os Municípios para que as ambulâncias da Samu fossem utilizadas para cobrir a falta dos veículos nos pedágios.

Nosso Estado não pode mais aceitar do Governo Tarso o famoso “cobertor curto”, onde tira de um lado para tapar outro, para cumprir uma promessa que deveria ter sido avaliada antes de enganar o cidadão. Concordo que o modelo de pedágios deve ser reajustado à nova realidade, diferente de quando foi concebido há 18 anos. Mas o atendimento feito na estrada logo após o acidente é fundamental. O pedágio baixou, mas a que custo? Espero que não custe a vida de mais ninguém. Portanto, tenho certeza de que é dever do Estado oferecer estes serviços ao cidadão contribuinte que paga, além do pedágio reduzido, impostos como o IPVA e que deveriam ser aplicados na melhoria e manutenção das estradas. E não são.

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