Dívida: Dilma não cumpriu acordo

Leia o artigo do líder da Bacada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Jorge Pozzobom. O texto, publicado inicialmente nesta quinta-feira (27), no Jornal do Comércio, fala sobre o projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União, que tramita no Senado Federal.

No início do mês, acompanhei a sessão de apreciação do projeto nº 238/2013 que trata da renegociação das dívidas dos Estados com a União. Antes do início da sessão, em Brasília, na reunião que tivemos com o presidente do Senado, juntamente com os senadores Ana Amélia (PP), Pedro Simon (PMDB) e Paulo Paim (PT), tivemos a garantia de que o projeto seria colocado em votação. Para minha surpresa, a pauta da sessão foi obstruída por parlamentares da base do governo Dilma Rousseff (PT), o mesmo partido do governador Tarso Genro. Repito, quem obstruiu a votação foi a base do PT, a pedido da presidente Dilma. O que queremos saber é por que somente agora, às vésperas da eleição, o governador Tarso Genro se colocou como protagonista da renegociação da dívida do Rio Grande do Sul? Será porque o alinhamento das estrelas do PT, prometido nas eleições de 2010, não deu certo?

Tenho a convicção de que a participação do Parlamento gaúcho nesta discussão é fundamental pela relevância do tema e sua repercussão na economia de nosso estado e municípios e, portanto, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi a única que se fez presente com uma comitiva de deputados. Nosso estado, apesar de ser o mais prejudicado, não é o único que sofre com o atual indexador da dívida. Penso que o Parlamento gaúcho deve executar duas ações: convocar os demais deputados para pressionarmos novamente no Senado e, também, ir ao STF, onde tramita a Ação Civil Originária (ACO 2059), ajuizada pela OAB-RS para a renegociação da dívida do Rio Grande do Sul. Por fim, quero dizer que este artigo é um verdadeiro exemplo do compromisso que pactuei com todos os gaúchos: de fazer oposição com proposição, pois não sou contra o governo, sou a favor do Rio Grande.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista - MTE 15280)