PSDB acusa governo gaúcho de fomentar o endividamento do RS

Dívida consolidada do Estado atingiu R$ 56,9 bilhões no primeiro semestre de 2014

O Rio Grande do Sul está na contramão dos demais Estados brasileiros no âmbito do controle da dívida pública. Enquanto as outras unidades federativas estabelecem mecanismos de ajuste fiscal para conter o endividamento e, consequentemente, obter mais recursos para investimentos, o governo gaúcho demonstra falta de compromisso em resolver problemas estruturais nas finanças.

Segundo análise da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, a dívida consolidada do Estado atingiu R$ 56,9 bilhões no primeiro semestre do ano. O valor representa 208% da receita corrente líquida, de acordo com dados obtidos junto ao sistema de gestão financeira da Secretaria Estadual da Fazenda.

No levantamento feito pela bancada tucana estão números comparativos sobre a evolução do endividamento dos Estados da Região Sul do país. O quadro financeiro dos gaúchos ganha contornos preocupantes quando comparado a situação enfrentada por Santa Catarina e Paraná. A dívida catarinense representa 39,2% da receita do Estado e a paranaense 54,7%.

O líder da Bancada do PSDB, deputado Jorge Pozzobom, enfatizou que o PSDB vem alertando os gaúchos desde 2011 sobre a irresponsabilidade do governo na gestão das finanças públicas. “O resultado verificado neste momento não nos surpreende, tendo em vista que a nossa bancada tem feito acompanhamento sistemático das ações do governo. Os números negativos confirmam a postura irresponsável e a gestão temerária do PT e do governador Tarso Genro no Estado”, avaliou.

Os tucanos lembram que em 2010, último ano do governo Yeda Crusius (PSDB), a dívida consolidada estava em R$ 43,4 bilhões e vinha apresentando trajetória de queda desde 2004, na gestão de Germano Rigotto (PMDB). A análise produzida pela Bancada do PSDB ressalta que a interrupção no processo de avanço do endividamento do Estado reflete diretamente nos investimentos, em especial nas áreas mais sensíveis à população, como saúde, segurança, educação, habitação e rodovias. Um exemplo está na execução orçamentária de 2013. No ano passado, o governo liquidou apenas 37% dos R$ 2,1 bilhões que havia prometido investir nesses setores.

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Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista - MTE 15280)

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