Para Zilá, discussão sobre o Plano Estadual de Educação se limitou em questões periféricas

Crédito da foto: Mariana Carlesso | Agência AL/RS
A líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputada Zilá Breitenbach, lamentou que as discussões relativas ao estabelecimento do Plano Estadual da Educação (PEE) tenham se limitado as questões de gênero. Para Zilá, o debate sobre o PEE, promovido no Parlamento nesta terça-feira (23), deixou de lado a essência do papel da educação na sociedade, como a melhoria dos indicadores educacionais dos alunos e a valorização dos professores.

A parlamentar, que é professora, se posicionou a favor da educação inclusiva e do respeito as diferenças de gênero no ambiente escolar. Entretanto, Zilá enfatizou que o PEE deve ser encarado como instrumento para orientar os investimentos na qualidade da educação. “Devemos incentivar o respeito entre as diferenças e garantir a liberdade de crença nas escolas. Mas isso não justifica o debate exacerbado em torno de uma única questão do PEE”, observou.

A deputado enfatizou, ainda, que a identidade de gênero deva ser debatida no ambiente escolar com jovens que tenham idade adequada para entender o tema. “Para isso não precisamos que essa questão conste no Plano de Educação”, avaliou.

Segundo Zilá, enquanto diferentes segmentos da sociedade concentram atenção em demasia em questões de identidade de gênero outros temas relevantes que são de suma importância para direcionar nossa educação nos próximos dez anos ficam em segundo plano. “Pelo menos metade dos jovens brasileiros está abaixo do nível básico de proficiência, segundo o Pisa de 2012. Precisamos melhorar o desempenho escolar. Esse deve ser o debate”, salientou.

Zilá explicou que o desenvolvimento do país depende da melhoria da qualidade da educação. “Enquanto no comércio apenas 9,5% dos trabalhadores brasileiros tem alta qualificação, na Coreia do Sul esse percentual chega a 52,8%. Se os trabalhadores brasileiros tivessem as mesmas taxas de escolaridade da Coreia do Sul, levando em conta apenas os aspectos quantitativos, seríamos 40% mais produtivos de acordo com análise recente de especialistas da Fundação Getúlio Vagas. Para chegar a esse padrão precisamos de planejamento e foco na qualidade da educação”, concluiu.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista - MTE 15280)

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