Brasileiros voltam a estocar alimentos como faziam no período de hiperinflação, afirma Zilá

Segundo os deputados da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, os brasileiros voltaram a estocar alimentos em razão do descontrole da inflação. A alta dos preços trouxe à tona um hábito abandonado há mais de 20 anos, desde o surgimento do Plano Real. Os parlamentares tucanos ressaltaram que o governo da presidente Dilma Rousseff está colocando a perder a estabilidade monetária e os ganhos sociais obtidos nas últimas duas décadas.

A líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, disse que a necessidade de estocar mercadorias, principalmente alimentos não perecíveis, está tão em evidência, que as vendas dos supermercados estão se concentrando nos primeiros 15 dias de cada mês. “Levantamentos recentes sobre o consumo dos brasileiros apontam que na segunda quinzena do mês, em média, o movimento nas lojas chega a cair 70%”, observou.

Zilá destacou que as famílias brasileiras estão fazendo cortes nos orçamentos domésticos para se adaptar ao retorno da inflação. “A população voltou a se comportar como no período da hiperinflação, antes do Plano Real. A situação se intensificou no ano passado, em especial depois da forte alta das tarifas do governo Dilma, sobretudo, as de energia elétrica. A situação está insustentável”, avaliou.

Dados da Apas
Cálculos da Associação Paulista de Supermercados (Apas), que acompanha o movimento do principal centro consumidor do país, apontam que 40% do volume total das vendas do setor estão concentrados nos dez primeiros dias do mês. A inflação aparece como a maior responsável por esse comportamento. Desde 2011, quando Dilma tomou posse, a inflação está em alta. Em 2015, atingiu 10,67%, a maior em 13 anos. Em janeiro, os alimentos sofreram o maior reajuste para o mês, 2,28%.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)