Tucanos comentam descoberta de novo esquema nos governos Lula e Dilma e cobram punição

Agência AL/RS
Lideranças do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha comentaram a prisão preventiva do ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo (PT), nesta quinta-feira (23), em Brasília. Os tucanos consideram lamentável a descoberta do caso de ilegalidade envolvendo dinheiro público oriundo de empréstimos consignados de servidores federais e saudaram a atuação da Polícia Federal no esclarecimento de mais um esquema de corrupção do PT no poder. Bernardo foi preso preventivamente na operação da PF chamada “Custo Brasil”. A ação fez parte de um desdobramento da investigação da Lava Jato.

Para o líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, a prisão do ex-ministro deixa claro que a corrupção estava no cerne dos governos petistas. “Paulo Bernardo ocupou pastas importantes nas administrações do PT. Ele foi ministro do Planejamento de Lula e das Comunicações de Dilma. Era pessoal de confiança dos petistas e movimentava esquema vergonhoso de corrupção no centro do poder. Queremos punição aos corruptos”, ressaltou.

A líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, considerou estarrecedor o volume de recursos desviados por meio de empréstimos consignados feitos por servidores públicos. “O esquema lesou milhares de funcionários públicos que utilizaram esse tipo de crédito de maneira legitima, sem saber que estavam sendo usados. Foram cerca de R$ 100 milhões desviados nessa fraude. Tudo isso aconteceu no coração do governo petista”, lamentou.

O desvio

O esquema consistia no desvio de recursos a partir de contratos de prestação de serviços de informática da empresa Consist Software com o Ministério do Planejamento. A Consist gerenciava o sistema de concessão de empréstimos consignados a servidores públicos. O custo desse trabalho seria de R$ 0,30, mas a empresa cobrava cerca de R$ 1. Esse recurso extra, de cerca de R$ 0,70 por operação, seria destinado a empresas de fachada, que distribuiriam a propina para políticos.

Entre 2010 e 2015, a fraude teria rendido cerca de R$ 100 milhões. Além de Bernardo, há mandado de prisão contra o ex-deputado e ex-tesoureiro petista, Paulo Ferreira. A sede nacional do PT, em São Paulo, foi um dos locais onde realizaram busca e apreensão em decorrência da operação Custo Brasil.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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