Exclusão de famílias pobres do Cadastro Único expõe uso político dos programas sociais, defendem tucanos

Agência AL/RS
O uso político dos programas sociais por parte dos governos Lula e Dilma ficou evidente nos números revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, divulgados nesta semana. Os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha analisaram os dados e lançaram dúvidas sobre a eficácia do Cadastro Único, instrumento do governo federal que identifica, seleciona e inclui famílias pobres em iniciativas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec e Tarifa Social de Energia Elétrica. Quase 6 milhões de domicílios habitados por pessoas com renda mensal de até meio salário mínimo estão fora do sistema.

Para o líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, os números da Pnad comprovam a ineficiência da gestão do PT na identificação das famílias que realmente necessitam dos benefícios. “A propaganda petista alardeava os investimentos em programas sociais, mas os instrumentos de controle e fiscalização das ações não funcionavam direito. Milhares de famílias pobres ficaram de fora por desinformação ou falhas na gestão. Os dados que analisamos revelam as deficiências dos governos Lula e Dilma na área social”, observou.

A líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, ressaltou que muitos jovens de baixa renda, que sofrem com o avanço do desemprego no país, poderiam estar recebendo qualificação profissional por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec). “A irresponsabilidade dos governos petistas com os mais necessitados merece punição. Os novos gestores dos programas sociais devem rever os processos para identificar as distorções. A concessão de benefícios deve contemplar quem realmente precisa, ainda mais diante da crise econômica vivida pelos brasileiros, em especial os mais pobres”, defendeu.

Os dados

Em 2014, dos 13,3 milhões de domicílios com renda per capita de até meio salário mínimo, 44% das famílias não estavam registrados no Cadastro Único – o equivalente a 5,922 milhões. Enquanto em 2,730 milhões de domicílios, os moradores não tomaram a iniciativa de se cadastrar, em outras 2,709 milhões de residências, as famílias tentaram, mas não chegaram a ser entrevistadas pelas equipes do governo. Já em 483 mil domicílios, as pessoas sequer sabiam da existência do Cadastro Único ou dos programas de assistência social.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Pioneirismo da governadora Yeda Crusius é um dos destaques do seminário que abre o Mês da Mulher na Assembleia

Deputado do PSDB abre mão do uso total da verba de gabinete no primeiro ano do mandato