Dia histórico para a democracia, avaliam deputados do PSDB na Assembleia após impeachment

Agência AL/RS

Para os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha, 31 de agosto de 2016 entrará para a história da democracia brasileira como o dia em que as vozes das ruas foram ouvidas pelo Congresso Nacional. Na visão dos parlamentares tucanos, o afastamento definitivo da presidente da República Dilma Rousseff (PT) do cargo, em julgamento no Senado Federal, encerrou uma Era petista de 13 anos, que conduziu o país ao descrédito internacional e a uma crise política, econômica e social.

O líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, destacou as razões que levaram o declínio do PT no poder. Segundo o parlamentar, foram muitos os equívocos cometidos por Dilma Rousseff durante o seu período à frente do governo. Entre eles, Pereira ressaltou a inaptidão política, as promessas não cumpridas, a corrupção sem precedentes e o desastre na condução da política econômica. “A ex-presidente perdeu quase toda a sua base no Congresso, lançou medidas que sequer chegaram a sair do papel, permitiu que a corrupção chegasse a níveis inimagináveis e acabou com a economia por incompetência”, avaliou.

A líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, enfatizou a legitimidade do processo de impeachment. “Tudo ocorreu dentro dos limites constitucionais, portanto não houve em nenhum momento a ruptura do regime democrático. Ao longo do processo no Congresso Nacional, ficou juridicamente comprovada a fraude contábil cometida pelo governo Dilma”, concluiu.

Foram 61 votos favoráveis ao impeachment de Dilma, e 20 contrários, em votação conduzida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Após aprovar o impeachment, o plenário do Senado decidiu manter os direitos políticos da petista. Foram 42 votos favoráveis à perda desses direitos (eram necessários 54), 36 contrários e três abstenções.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)