Líderes do PSDB na Assembleia afirmam que Dilma apenas repetiu velhos argumentos no Senado

Crédito da foto: Luís Gustavo Machado | Bancada PSDB
A presença da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, durante o julgamento do impeachment, serviu apenas para reforçar argumentos que não justificam a fraude contábil cometida pelo governo petista. Essa foi a avaliação dos parlamentares que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha durante reunião realizada nesta terça-feira (30).

Os deputados tucanos ressaltaram que a peça processual que determina o crime de responsabilidade de Dilma deixa claro a abertura de decretos de suplementação orçamentária sem autorização do Congresso Nacional e a contração ilegal de empréstimos com bancos públicos, as chamados “pedaladas fiscais”. Dilma cometeu crime de responsabilidade ao atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro às instituições financeiras e autarquias, como o INSS, para melhorar artificialmente as contas federais.

Apenas em 2014, nada menos que R$ 40 bilhões foram usados em “pedaladas” do governo Dilma, o que significa que essa prática retirou indevidamente R$ 40 bilhões da apuração da dívida pública. Ao final de 2015, ano em que as “pedaladas” continuaram, o quadro piorou. O valor total chegou a R$ 72,4 bilhões.

De acordo com o líder da bancada, deputado Pedro Pereira, os argumentos da presidente afastada trouxe nada de novo ao processo. “O Brasil assistiu a repetição de velhos argumentos que não justificam o descumprimento de leis por parte da presidente afastada. Dilma desrespeitou a Constituição Federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Congresso Nacional”, observou.

A líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, reforçou a avaliação de Pereira. Zilá também rebateu as acusações de Dilma à legalidade do processo. Para a parlamentar tucana, classificar o impeachment como golpe agrava ainda mais a situação da ré. “Ao qualificar equivocadamente esse processo como um golpe, Dilma desconsidera o que diz a nossa Constituição. Tudo está sendo feito dentro dos limites constitucionais, incluindo amplo espaço de defesa”, enfatizou.

Segundo os deputados do PSDB, Dilma será condenada pela maioria esmagadora dos senadores. São necessários 54 votos dos 81 senadores para afastar definitivamente a presidente do cargo.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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