País precisa superar marcas profundas deixadas pelo PT na economia, avaliam deputados do PSDB

Crédito da foto: Isabelle Duarte
Inflação em alta, recessão e rombo nas contas públicas estão entre as heranças deixadas pelo PT no comando do país, avaliam os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha. Na reta final do processo de impeachment que a presidente afastada Dilma Rousseff enfrenta, os parlamentares tucanos fizeram um balanço da herança deixada pelos petistas após 13 anos e quatro meses de governo.

Os deputados do PSDB lembraram que o Brasil passou de promessa de crescimento na América Latina, para “lanterna” no desenvolvimento. O líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, ressaltou que os erros na condução da política econômica e a ingerência adotada pelo PT como prática corriqueira levaram o país ao declínio. “O Brasil afundou em uma recessão jamais vista em 25 anos. A roubalheira e a incompetência colocaram a perder os avanços proporcionados pela estabilidade econômica, deixadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso”, destacou.

Para a líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, os números negativos da economia precisam ser superados em um curto espaço de tempo. “Devemos trabalhar para reverter o quadro ruim deixado pelo PT. Os brasileiros, principalmente os mais humildes, estão sendo penalizados por mais de uma década, em consequência da irresponsabilidade com o dinheiro público”, defendeu.

Os dados

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% em 2014, e chegou aos 3,8% negativos em 2015. O rombo nas contas públicas atingiu volume histórico nos últimos anos. Em 2015, o déficit do país foi de R$ 111,24 bilhões, o equivalente a 1,88% do PIB. Já no período de 12 meses encerrado em maio deste ano, o prejuízo foi de R$ 150,5 bilhões – 2,51% do PIB. A calamidade nas receitas do país obrigou o governo do presidente em exercício Michel Temer a estipular uma nova meta fiscal para 2016, projetando rombo de R$ 170,5 bilhões.

O Brasil já tem a maior taxa de juro real do mundo, 6,78% ao ano, segundo uma pesquisa com 40 países, da Infinity Asset Management, em parceria com o site MoneYou. O país foi rebaixado e perdeu o grau de investimento e o selo de bom pagador pelas três maiores agências internacionais de classificação de risco: Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch.

A crise econômica, no entanto, já é sentida há tempos pelos brasileiros no próprio bolso. Com aumentos constantes nos preços da energia elétrica, da gasolina e dos alimentos, a inflação chegou aos dois dígitos na gestão de Dilma Rousseff: foi de 10,67% em 2015, bem acima do teto da meta do governo, que era de 6,5% ao ano. A alta dos preços também obrigou as famílias brasileiras a adequarem seus orçamentos, recuando o consumo.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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