Impeachment de Dilma e cassação de Cunha contribuem para reconstrução do país, dizem tucanos

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Os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa comentaram a cassação do mandato parlamentar do ex-presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB), na noite de segunda-feira (12). Os tucanos ressaltaram que o PSDB demonstrou ao país que não faz julgamentos seletivos quando o assunto é corrupção. Os parlamentares afirmaram que, diferente do PT, que combate os atos ilícitos dos outros e acoberta os próprios, os tucanos não toleram irregularidades, independentemente de partido.

O líder da bancada, deputado Pedro Pereira, classificou como acertada a posição definida pelo PSDB no encaminhamento da votação. “Nós defendemos que o julgamento não deve ser feito em detrimento da posição partidária ou ideológica. Nosso partido acertou ao votar contra Cunha, por quebra de decoro, assim como acertou na votação contra Dilma, por crime de responsabilidade”, explicou.

Para a líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, depois do impeachment de Dilma, a cassação de Cunha é o começo da reconstrução do país. A parlamentar lamentou as manobras feitas pelo ex-presidente da Câmara para evitar a cassação. "Cunha prejudicou a história do Parlamento, mas no final o resultado foi satisfatório. A pressão social e o olhar atento da imprensa não permitem que haja separação entre a vontade do povo e as decisões dos políticos", avaliou.

O processo de perda do mandato foi baseado no fato de que Cunha teria mentido à CPI da Petrobras, quando disse que não possuía contas no exterior, em depoimento espontâneo feito em maio de 2015. No Conselho de Ética, o PSDB adotou posição a favor da abertura do processo de cassação logo que ficou comprovado que Cunha havia mentido.

Os representantes do PSDB no Conselho, deputados Nelson Marchezan Junior (RS) e Betinho Gomes (PE), contestaram as manobras usadas por Cunha e sua defesa para protelar a decisão do colegiado. Por consequência, foi o mais longo processo já analisado pelo Conselho de Ética. Ao todo, foram 335 dias de longos debates e protelação até chegar ao plenário da Câmara, onde o resultado foi de 450 votos a favor e 10 contrários à cassação.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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