Prisão de Palocci complica ainda mais situação de Lula e Dilma, afirma líder da bancada tucana na Assembleia

Agência AL/RS
Para os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, a prisão do ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci, nesta semana, em nova etapa da operação Lava Jato batizada de Omertà, piora a situação dos ex-presidentes petistas. Palocci comandou a Fazenda nos primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi ministro da Casa Civil do governo Dilma. Ele está sendo investigado por indícios de uma relação criminosa com a empreiteira Odebrecht.

O líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, disse que os indícios apontados pela investigação são fortes e devem comprometer Lula e Dilma, tendo em vista que Palocci ocupou função de destaque nos governos petistas. “Os ministérios que Palocci comandou eram de grande influência. O petista era de extrema confiança dos ex-presidentes. Segundo a Polícia Federal, Palocci atuou diretamente para obter vantagens econômicas à empresa Odebrecht em contratos com o poder público e se beneficiou de valores ilícitos.”, observou.

Os indícios
Entre as provas obtidas pela Omertà estão e-mails que mostram indícios da atuação de Palocci nos crimes sob investigação. Dentre as negociações feitas pelo ex-ministro com a Odebrecht estão a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 460/2009, que resultaria em imensos benefícios fiscais, o aumento da linha de crédito junto ao BNDES para país africano, cuja empresa tinha relações comerciais, e a interferência no procedimento licitatório da Petrobras para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré-sal.

Nome da operação
Omertà é uma referência à origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da fase (“italiano”), bem como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do “setor de operações estruturadas” permitiu o aprofundamento das investigações. Além disso, remete à postura atual do comando da empresa que se mostra relutante em assumir e descrever os crimes praticados.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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