Articulação dos movimentos sociais do campo é meramente política, afirmam deputados do PSDB

Crédito da foto: Isabelle Duarte
Na avaliação dos deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha os movimentos sociais do meio rural resolveram voltar a se articular unicamente por razões políticas. Para os parlamentares tucanos, após anos de silêncio, mesmo durante o período de reforma agrária zero que perdurou durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) só voltou a ameaçar o direito de propriedade para desestabilizar o governo do presidente Michel Temer.

Os deputados criticaram o lançamento de um manifesto, feito por 12 movimentos do campo, no começo deste mês, prometendo usar “todos os meios de pressão e luta” contra as ações do governo Temer. O líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, apontou a contradição dos movimentos, que se autointitulam populares, mas se omitiram por anos durante as gestões dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Nós sabemos que apesar de terem destacado a reforma agrária como prioridades de suas gestões, os petistas pouco avançaram no setor, mesmo após 13 anos no poder”, enfatizou.

A líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, lembrou que o governo Temer tem trabalhado para acelerar a concessão de terras aos assentados. “O presidente editou uma medida provisória para agilizar os títulos de domínio e a venda de terras da União para beneficiários do Programa Nacional da Reforma Agrária. A meta é entregar 280 mil documentos até o fim do mandato, em 2018. Vale lembrar que se a meta proposta for cumprida, o governo Temer terá expedido, em dois anos, 12 vezes mais titulações do que as gestões do PT, ao longo de 13 anos no poder”, explicou.

O deputado Adilson Troca ressaltou que os interesses que norteiam os movimentos como o MST são meramente políticos. O parlamentar questionou as razões que provocaram a lentidão no processo de reforma agraria durante os governos do PT. “Se o governo do PT tivesse interesse mesmo em resolver os problemas agrários e o MST estivesse comprometido de fato em solucionar o problema de quem não tem terra, 13 anos dariam para ter feito muita coisa”, concluiu.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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