Sétima ação penal envolvendo Lula não surpreende deputados da Bancada do PSDB na Assembleia

Crédito da foto: Rafael Ribeiro
O anúncio da abertura da sétima ação penal envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta semana, não surpreendeu os deputados que integram a Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa gaúcha. Os parlamentares tucanos constataram que diante das evidências e das confissões feitas por delatores nas investigações em curso, nada mais causa estranheza envolvendo o nome do petista.

Para a líder do PSDB na Assembleia, deputada Zilá Breitenbach, diante dos fatos investigados e amplamente divulgados pela imprensa é natural a decisão que transformou Lula em réu mais um vez. “Lula segue respondendo pelos atos cometidos quando ocupava a presidência da República e também depois de ter deixado o poder”, observou.

Segundo o vice-líder da bancada tucana, deputado Pedro Pereira, a sétima ação penal contra Lula é fruto das “falcatruas” do ex-presidente e seus aliados. “O petista já foi condenado numa das ações que responde à Justiça. Tenho confiança que será condenado também nos demais processos”, sentenciou.

O ex-presidente e o ex-ministro Gilberto Carvalho (PT) são acusados de terem aceitado R$ 6 milhões prometidos por um grupo de lobistas. Em troca, teriam favorecido algumas montadoras com a edição de uma medida provisória. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal. Lula e Carvalho foram denunciados por corrupção passiva. Três lobistas e dois empresários foram denunciados por corrupção ativa.

O caso teve início na Operação Zelotes, que investigou inicialmente irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Lula já era réu numa ação penal da Zelotes, suspeito de ter recebido dinheiro para ajudar a empresa sueca Saab numa licitação de caças da Força Aérea Brasileira (FAB).

Dos sete processos em que é réu, Lula já foi condenado uma vez. O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, aplicou-lhe uma pena de nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso da aquisição do tríplex do Guarujá (SP).

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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