Em audiência conduzida por Adilson Troca, setor orizícola busca saídas para crise que afeta cadeia do arroz

Crédito do foto: Vinicius Reis | Agência AL/RS
Reunidos em audiência pública da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (8), deputados, prefeitos e representantes da cadeia produtiva do arroz diagnosticaram que para sair da crise em que o setor se encontra no Rio Grande do Sul é necessária uma imediata redução da alíquota do ICMS do arroz em casca, o fortalecimento do Irga, uma campanha para aumentar o consumo do produto e, posteriormente, uma reforma tributária que acabe com a guerra fiscal entre estados. A discussão foi coordenada pelo deputado Adilson Troca (PSDB), presidente da Comissão, e pela deputada Any Ortiz (PPS), proponente da audiência.

A redução do tributo acarretaria na diminuição do excedente estocado, em torno de 1 milhão de toneladas, que pressiona os preços do cereal para o produtor. O custo de produção gira em torno de R$ 45 e a venda da saca está abaixo de R$ 35. Cerca de 30% do custo de produção são impostos. A ideia é reduzir os percentuais de 12% para 7% e de 7% para 4%, dependendo do destino, pelo período de 90 dias.

Apesar da produtividade do campo e a qualidade do arroz gaúcho ser reconhecida no mundo inteiro, nos últimos anos os arrozeiros vêm colhendo prejuízos. Desvalorização do cereal e, especialmente, preço mínimo que não cobre custos de produção estão na base do problema. O problema arrasta a indústria, que dispensa trabalhadores e afeta a arrecadação municipal em mais de 130 municípios do estado, especialmente da Metade Sul.

EDUARDO LEITE

O encontro contou com a presença do candidato ao governo gaúcho e presidente do PSDB/RS, Eduardo Leite. O tucano fez uma radiografia do problema da competitividade do arroz gaúcho. “O custo da logística no RS é o dobro da média nacional, que é de 10% sobre o PIB”, contabilizou. “Aqui chega a 20%”, acrescentou o candidato.

O tucano também apontou o que o Estado pode fazer para reduzir os obstáculos à produção gaúcha – uma demanda menor de impostos e um sistema tributário mais inteligente. “É preciso fazer com que o Estado seja menos dependente desses recursos para que possamos apresentar a redução das alíquotas não apenas neste setor, mas em todas as áreas que interferem na competitividade, como energia e combustíveis”, propôs... Leia mais

Divulgação

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