Líder da bancada tucana critica agentes políticos que atuam contra as instituições do país

Crédito da foto: Tiago Alves da Silva
A forma como a política brasileira está sendo conduzida tem gerado preocupação para o líder da Bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Mateus Wesp. O parlamentar tucano usou o tempo de liderança do partido, na sessão plenária desta quarta-feira (12), para manifestar sua avaliação quanto à forma anti-institucional de atuação adotada por determinadas lideranças políticas.

Segundo Wesp, vivemos um momento onde prevalecem os discursos voluntaristas e as manifestações com viés autoritário. “Estamos perdendo a condição de pensar o futuro do Brasil. Não podemos ignorar a existência de diferenças políticas e ideológicas, mas temos que ter a clareza de que, em uma sociedade plural, devemos ter um objetivo e um conjunto de valores comuns, uma pauta capaz de unir a sociedade", observou.

Wesp lembrou que nenhuma sociedade sobreviveu sem a existência de um ponto comum. “Isso só pode ser estabelecido a partir da institucionalização de um pacto em torno de valores formais, critérios isonômicos e pelo consentimento de todos os atores políticos, mantendo a legitimidade das instituições, do ordenamento jurídico e dos procedimentos instaurados a partir da Constituição de 1988”, avaliou.

De acordo com o deputado, é inadmissível que, a pretexto de defender certas posições partidárias, agentes políticos deslegitimem as instituições jurídicas do país. Wesp citou como exemplo a atuação anti-institucional da defesa dos integrante do PT ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela justiça e preso por corrupção passiva e ocultação de patrimônio. “É preciso que o Partido dos Trabalhadores faça uma crítica aos agentes políticos que integram a sigla, como no caso de Lula, sem deslegitimar as instituições políticas do país.

Ainda se referindo ao ex-presidente Lula, Wesp afirmou que quando comprovado judicialmente um ato ilícito, os partidos não podem inocentar o réu. “Caso um político do meu partido seja formalmente condenado, como poderá ser o deputado federal Aécio Neves, asseguro aos senhores que manterei o mesmo entendimento da justiça”, enfatizou. O parlamentar lamentou também a instrumentalização das instituições pelos partidos políticos, visando justificar projetos de poder. “Quem coloca os interesses ideológicos acima das instituições é totalitário, seja de direita ou de esquerda”, concluiu.

Texto: Luís Gustavo Machado (Jornalista – MTE 15280)

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