Deputado aponta perdas socioemocionais e econômicas da Educação na Pandemia

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Audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, realizada nesta segunda-feira (28), debateu as perdas socioemocionais e econômicas das restrições colocadas à Educação do Rio Grande do Sul, impostas pela estratégia de distanciamento social no combate à pandemia de Covid-19 no Estado. O deputado estadual e ex-secretário da Educação do RS, Faisal Karam (PSDB), participou da discussão e destacou que o processo de retomada das aulas não é tão simples em razão da completa omissão do governo federal.

Segundo Faisal, o desmonte da área educacional em nível nacional impôs dificuldades maiores aos sistemas de ensino dos Estados e Municípios. “O governo federal, por meio do Ministério da Educação, está sendo omisso, não levou a sério os problemas gerados pela pandemia no ensino e não apresentou políticas públicas para enfrentá-los”, avaliou.

Faisal criticou o veto do presidente da República ao projeto que destinaria R$ 6 bilhões para implantação de banda larga de Internet nas escolas e a retenção de recursos do Fundeb. O parlamentar do PSDB, afirmou que o quadro de evasão escolar no Ensino Médio tende a se agravar.

Na avaliação da psicopedagoga Roberta Brodt, a principal consequência da pandemia foi o aprofundamento das desigualdades sociais. Para Roberta, alunos com dificuldade de acesso à Internet e dispositivos tecnológicos foram os que mais perderam. A pedagoga avalia que crianças que carregam alguma dificuldade se sentem perdidas e desmotivadas e não contam com o acompanhamento familiar.

Representando o governo federal, a secretária nacional da Família, do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Angela Gandra Martins, falou sobre o esforço em fortalecer a presença dos pais na Educação dos filhos, e o apoio ao pluralismo de ideias, as escolas abertas e comunitárias e a aprovação de lei federal admitindo a modalidade de Educação Domiciliar. Segundo Angela, o Ministério elaborou cartilhas de orientação e promoveu ações para que os pais pudessem acompanhar o processo de socialização dos seus filhos durante o período. 

O diretor-geral da secretaria da Educação do RS, Guilherme Corte, afirmou que atualmente das 2.377 escolas gaúchas com alunos matriculados, 1.937 estão abertas, 389 estão em regime de plantão e 51 estão fechadas. Entre as justificativas para o fechamento de escolas, Corte apontou decretos municipais, falta de equipes de merenda, limpeza e equipamentos de segurança sanitária. Segundo diretor, a secretaria está providenciando a solução dos problemas e também encaminhando resolução para atender os transportadores escolar. Corte falou, ainda, sobre a proposta de recuperação pedagógica proposta pelo Estado, que iniciou com a avaliação diagnóstica já implementada, a maior já implementada na história da Educação gaúcha.

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